Mundo Renault

A engrenagem tecnológica da Renault

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Processos desenvolvidos na planta paranaense da montadora ajudam a recuperar mais rápido os resultados que foram impactados pela pandemia. Mas o Brasil ainda sofre com falta de competitividade. Embalada pela ligeira recuperação do setor automotivo brasileiro após longo período de retração por causa do isolamento social a partir da pandemia da Covid-19, a francesa Renault tem buscado na tecnologia o caminho para melhorar os índices de eficiência e produtividade de seus parques fabris. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a julho deste ano a montadora registrou 69.512 licenciamentos de automóveis, alta de 6,3% sobre o mesmo período do ano passado. O segmento foi responsável no primeiro semestre por vender 927.961 unidades. Nos comerciais leves, o cenário foi melhor para a companhia europeia no Brasil. Foram 12.485 licenciamentos da marca, aumento de 115% sobre o mesmo período de 2020. “Em 2018, a gente começou a vender o Kwid 100% pela internet, incluindo avaliação do usado como parte do pagamento e emissão do boleto. Quando chegou a pandemia estávamos preparados. O que as empresas foram correr atrás a gente já tinha feito”, disse à DINHEIRO Luiz Fernando Pedrucci, presidente da Renault para a América Latina. No início do ano passado, pouco antes da pandemia, o Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), que compreende quatro fábricas (de passeio, comerciais leves, motores e injeção de alumínio para peças de motor) foi reconhecido pelo Fórum Econômico Mundial como “Farol da 4ª Revolução Industrial Avançada”, por ser uma planta referência em tecnologia 4.0. Segundo a companhia, essa é a primeira planta industrial da América Latina a receber esse título. Por causa da pandemia, não houve outra premiação do tipo pelo órgão internacional. Entre as ações tecnológicas implementadas pela montadora está a utilização do ambiente virtual para o processo de contratação de funcionários. Antes de ir para a linha de produção, os operários da linha de produção já treinam na tecnologia 3D exatamente o mesmo trabalho que será executado na prática. “Se o colaborador não colocar, mesmo que virtualmente, todos os equipamentos de segurança, não consegue executar a operação”, disse Pedrucci. Para o presidente da América Latina da companhia, a busca por mais tecnologia é, na realidade, uma resposta ao interesse do próprio consumidor nos últimos anos. Um dos exemplos citados pelo executivo está relacionado ao tempo em que o cliente destinado para a escolha do carro novo. Segundo Pedrucci, antes os clientes faziam média de seis visitas à concessionária antes de bater o martelo. Hoje, os estudos da empresa mostram que prazo caiu para 1,7 visita. “Isso não significa que ele está comprando com menos conhecimento. Pelo contrário. Antes, ele se informa, visita sites, redes sociais e busca todos os dados para ir na loja para comprar.” Pedrucci não revela o total aportado no pacote tecnológico, mas diz que as ações geraram, entre 2017 e 2019, um aumento de 18% na eficiência da planta paranaense. “A tecnologia permeia todo o processo da fábrica da Renault. Mas é algo que nunca termina”, disse o executivo. O lado ruim da tecnologia, no entanto, está justamente na inevitável conexão das cadeias globais de suprimentos. Desde o início do mês, a fábrica de automóveis da Renault está com a produção paralisada por falta de componentes. Os trabalhos só voltam na próxima sexta-feira (27). Cada dia sem trabalho significa 1,1 mil veículos a menos produzidos. “O mundo está muito conectado. Mas, no nosso caso, toda a parte de tecnologia que desenvolvemos nos ajuda a sofrer menos”, disse o presidente. “Mas está tudo tão ligado que eventos isolados em determinados países também trazem consequências.” No auge da pandemia, o dirigente da Renault disse que a companhia fez ações para auxiliar fornecedores, principalmente de autopeças, que foram extremamente atingidas pelo impacto da crise a partir do isolamento social. “Nosso apoio não é só financeiro, mas também em know-how e tecnologia. Muitas vezes a gente ajuda a melhorar os processos”, afirmou. “A gente deu apoio a fornecedores, mas a situação foi tão generalizada que qualquer apoio foi capaz de suportar.” UM ANO E MEIO No Brasil, o planejamento do ciclo de investimentos de R$ 1,1 bilhão para 18 meses, iniciado em março deste ano, segue no ritmo esperado pela montadora. Ela não revela o quanto já foi aportado, mas afirmou que, após seis meses, as ações estão em linha com o que havia sido planejado. “Meu trabalho agora é cuidar de investimentos futuros. Mesmo com a crise, nosso plano segue.” A programação de investimentos envolvia cinco novos modelos e a importação de um novo motor 1.3, além do lançamento da nova versão do modelo elétrico Zoe, que já chegou. Tanto o motor quanto o novo Captur já foram lançados dentro desse pacote. Faltam, então, mais quatro novidades para os próximos 12 meses, além da chegada de mais um veículo elétrico. Para o consultor do setor automotivo Paulo Cardamone, CEO da Bright Consulting, é necessário mais investimentos em soluções tecnológicas de todo o segmento para garantir a retomada, de fato, da indústria no cenário pós-Covid. “A tecnologia é o único caminho para o setor . O Brasil, que fez regulações na eficiência energética, a alternativa é focar em pesquisa e desenvolvimento e em tecnologia, para que possa alavancar o segmento automotivo. Competência o Brasil tem”, disse. “O consumidor da indústria hoje é totalmente digital e muito conectado. Ele quer saber de tecnologia embarcada”, afirmou. Com o avanço no planejamento tecnológico, o trabalho, agora, é contribuir para que o Brasil possa melhorar em termos de competitividade no cenário latino-americano e, com isso, garantir espaço para mais investimentos por parte da matriz da montadora. Segundo Pedrucci, o País vem perdendo competitividade até mesmo com os países da região. “Desde 2018, o Duster que é importado para a Argentina sai da Colômbia e não mais do Brasil. Com um grande trabalho, a Renault da Colômbia conseguiu fazer com que o seu fosse mais barato”, disse Pedrucci. 18% é o porcentual de aumento na eficiência da fábrica da montadora no paraná com as ações de tecnologia entre os anos de 2017 e 2019 O executivo trabalha para que a América Latina, e em especial o Brasil, possa garantir junto à fábrica mais um ciclo de investimentos a partir de 2023, ao fim do atual. “No Brasil, havia incentivo à exportação, que foi cortado. Com isso, o produto de outro país fica mais competitivo. É uma equação complexa”, disse. “O ambiente econômico do país influencia a taxa de sucesso do investimento.” Segundo o dirigente, o México tem sido um dos países mais competitivos do segmento. “Não quer dizer que o Brasil está fazendo mal. É que há outros fazendo mais rápido”, afirmou. “Como brasileiro, falo que nós precisamos trabalhar profundamente na competitividade, sob risco de ficar para trás.” Fato é que, nessa corrida, o Brasil ainda precisa apertar o passo. O foco na tecnologia mostra que o caminho está bem desenhado.

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RENAULT É ELEITA A MELHOR EMPRESA NO SETOR AUTOINDÚSTRIA “MELHORES & MAIORES” DA REVISTA EXAME

A Renault foi eleita a melhor empresa no setor Autoindústria na edição 2019 da premiação do especial “Melhores & Maiores” da revista Exame. O evento aconteceu ontem à noite em São Paulo com autoridades, formadores de opinião e líderes das maiores empresas do país. Em sua 46ª, a premiação reconheceu as melhores empresas em 20 setores da indústria, do comércio e de serviços, e a melhor do agronegócio. “Ser eleita a melhor empresa no setor Autoindústria no país é um motivo de grande orgulho para toda a Renault do Brasil. A Renault acredita no Brasil. Mesmo em tempos de crise, continuamos investindo no país e temos crescido de forma contínua no mercado brasileiro desde 2010, alcançando o recorde de participação de mercado em 2018 de 8,7%”, afirma Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.A Renault do Brasil conta com um total de 7.300 colaboradores e possui quatro unidades industriais instaladas no Complexo Ayrton Senna, no Paraná: a Curitiba Veículos de Passeio (CVP), Curitiba Veículos Utilitários (CVU), Curitiba Motores (CMO) e a Curitiba Injeção de Alumínio (CIA). CRITÉRIOS DA PREMIAÇÃO“As Maiores”, a edição especial das Melhores & Maiores da revista Exame é feita com a avaliação de dados de mais de três mil empresas, além dos maiores grupos privados do país. O conjunto compreende todas as demonstrações contábeis publicadas no Diário Oficial dos Estados até maio de 2019. Também abrangem as companhias limitadas que enviaram seus dados para análise da equipe e responderam questionários. Foram também consideradas empresas de porte significativo e bem conhecidas no mercado que preferem não divulgar seus números. Nesse caso, os analistas de Melhores & Maiores estimaram seu faturamento. Os dados foram analisados pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da Universidade de São Paulo (Fipecafi/USP). Para definir o ranking das 500 maiores empresas e mais uma lista complementar com outras 500, o critério de classificação utilizado é o de receita líquida de vendas (faturamento líquido), um indicador da contribuição da empresa para a sociedade em termos de produtos e serviços oferecidos no ano anterior.   A escolha das melhores empresas do ano em 20 setores de indústria, comércio e serviços (atacado, autoindústria, bens de capital, bens de consumo, eletroeletrônico, energia, farmacêutico, indústria da construção, indústria digital, infraestrutura, mineração, papel e celulose, química e petroquímica, saúde, serviços, siderurgia e metalurgia, telecomunicações, têxteis, transporte, varejo) mais o agronegócio é orientada pelo sucesso que essas empresas obtiveram na condução de seus negócios e na disputa de mercado com as concorrentes no ano que passou comparativamente ao exercício anterior. O critério para avaliar o sucesso é basicamente uma comparação dos resultados obtidos em termos de crescimento, rentabilidade, saúde financeira, participação de mercado e produtividade do empregado. A metodologia consiste em atribuir pontos pelo desempenho relativo em cada indicador. SOBRE O GRUPO RENAULTMontadora de automóveis desde 1998, o Grupo Renault é um grupo internacional presente em 134 países, tendo vendido quase 3,9 milhões de veículos em 2018. O Grupo emprega atualmente mais de 180.000 colaboradores, tem 36 unidades industriais e 12.700 pontos de venda espalhados pelo mundo. Para responder aos grandes desafios tecnológicos do futuro e manter sua estratégia de crescimento rentável, o Grupo se apoia no desenvolvimento internacional, na complementariedade de suas cinco marcas (Renault, Dacia, Renault Samsung Motors, Alpine e Lada), nos veículos elétricos e em sua inigualável aliança com a Nissan e a Mitsubishi Motors, número 1 em vendas em 2018. Com uma escuderia 100% Renault participando do Campeonato Mundial de Fórmula 1 desde 2016, a Renault faz do automobilismo um verdadeiro laboratório de desenvolvimento de inovações que depois são aplicadas nos veículos produzidos em série. 

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RENAULT LAB É INAUGURADO NA UNIVERSIDADE POSITIVO

Nesta terça-feira (27), a Renault inaugurou um novo Renault LAB. O espaço está localizado dentro do Câmpus sede - Ecoville da Universidade Positivo de Curitiba, com foco em estudos sobre eficiência energética para motores a combustão.O novo LAB passa a fazer parte do ecossistema de inovação da Renault no Brasil, que já conta com: Renault LAB no Cubo Itaú, em São Paulo, Renault LAB no Sistema FIEP, em Curitiba, Creative LAB no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, e America Digital Hub, em São Paulo.O evento contou com a presença do vice-presidente executivo de engenharia para a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, Gaspar Gascon e de Antonio Fleischmann, vice-presidente de engenharia da Renault para a região Américas. “Continuamos ampliando nossos centros de inovação, buscando promover cada vez mais estudo e desenvolvimento junto ao meio acadêmico.”, afirma Antonio.Atualmente, a Universidade Positivo oferece mais de 60 cursos de Graduação presenciais, além de Doutorado, Mestrado, diversos cursos de Especialização e MBA, idiomas e programas de Extensão, espalhados pelas três unidades em Curitiba, uma unidade em Londrina (PR) e outra em Joinville (SC). A Universidade também possui polos de Educação a Distância (EAD) em mais de 60 cidades espalhadas pelo Brasil.“O mundo está cheio de novas tecnologias e inventos, o foco é na união de academia, empresas e governos, para o progresso da ciência, o aumento do conhecimento e a aplicação de novas tecnologias voltadas para o crescimento econômico, o desenvolvimento social e a melhoria do bem-estar social da humanidade. A parceria entre a Universidade Positivo e a Renault Brasil representa a união dessa nova realidade, em que academia e empresa caminham juntas, no caso específico para a busca de eficiência energética na indústria”, afirma José Pio Martins, professor, economista e reitor da Universidade Positivo.Renault Tecnologia Américas (RTA)No Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, a Renault possui um centro de engenharia com mais de mil engenheiros que fazem parte do Renault Tecnologia Américas. Instalado em 2007, este centro tem o objetivo de desenvolver produtos voltados às necessidades e ao perfil do consumidor latino-americano.SOBRE O GRUPO RENAULTMontadora de automóveis desde 1998, o Grupo Renault é um grupo internacional presente em 134 países, tendo vendido quase 3,9 milhões de veículos em 2018. O Grupo emprega atualmente mais de 180.000 colaboradores, tem 36 unidades industriais e 12.700 pontos de venda espalhados pelo mundo. Para responder aos grandes desafios tecnológicos do futuro e manter sua estratégia de crescimento rentável, o Grupo se apoia no desenvolvimento internacional, na complementariedade de suas cinco marcas (Renault, Dacia, Renault Samsung Motors, Alpine e Lada), nos veículos elétricos e em sua inigualável aliança com a Nissan e a Mitsubishi Motors, número 1 em vendas em 2018. Com uma escuderia 100% Renault participando do Campeonato Mundial de Fórmula 1 desde 2016, a Renault faz do automobilismo um verdadeiro laboratório de desenvolvimento de inovações que depois são aplicadas nos veículos produzidos em série.

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ESTEBAN OCON É O NOVO PILOTO DA RENAULT NA F1

A Equipe Renault de F1 tem o prazer de confirmar que Esteban Ocon unirá suas forças com Daniel Ricciardo a partir de 2020. A dupla franco-australiana de pilotos terá a missão de continuar o progresso da equipe durante a quinta temporada da escuderia na F1. Esteban assinou um contrato para vários anos com a Equipe Renault de F1. O piloto de 22 anos nascido na região da Normandia já é bem conhecido da Renault e de Enstone, tendo sido piloto reserva em 2016 e membro do programa de pilotos júnior da Lotus. Esteban estreou em corridas de F1 em 2016, com a Manor Racing, antes de mudar para a Equipe Sahara Force India de F1, em 2017. Em sua primeira temporada completa na categoria, acumulou 87 pontos e uma louvável posição no campeonato de pilotos, terminando em oitavo. Em 2018, Esteban acumulou mais 49 pontos em sua conta na F1 antes de entrar para a Equipe Mercedes AMG Petronas de F1, como piloto reserva para a temporada 2019.O currículo de Esteban nas categorias de acesso é igualmente notável. Ele conquistou o título da GP3 em 2015 e o título da Fórmula 3 Europeia da FIA, em 2014, além de inúmeras vitórias na Fórmula Renault."Vai ser muito bacana trabalhar com o Esteban nas próximas duas temporadas. Durante sua carreira na F1, o Esteban vivenciou os altos e baixos da categoria e compreendeu perfeitamente a necessidade de aproveitar toda oportunidade possível. Além de contribuir com seu talento natural, o Esteban terá o objetivo de concentrar sua energia e dinamismo naturais, que se intensificaram a cada ano graças às competições. Cabe a nós aproveitarmos tudo isso na próxima fase para o progresso da equipe. Ele demonstrou sua capacidade de acumular pontos e tem um grande profissionalismo dentro e fora das pistas, sem contar sua recente experiência como piloto reserva dos atuais campeões da categoria, o que será uma incrível contribuição para o desenvolvimento de toda a equipe. Quero agradecer ao Nico por seu envolvimento fenomenal e sua grande contribuição para o nosso progresso nas últimas três temporadas. Quando o Nico decidiu fazer parte da nossa equipe, estávamos em nono. Ele nos levou ao quarto lugar no ano passado e se classificou em sétimo no campeonato de pilotos. A iminência do término de seu contrato fez com que esta decisão fosse ainda mais difícil, pois o Nico representou um pilar deste progresso. A primeira parte desta temporada foi mais desafiadora, mas sei que podemos contar com ele e, juntos, entregarmos ainda mais na segunda metade do ano", comenta Cyril Abiteboul, Diretor da Equipe Renault de F1."Em primeiro lugar, tenho um grande orgulho de me tornar um piloto da Renault. Cresci em Enstone, comecei com a Lotus em 2010 e depois fui para a Renault. Tenho uma grande ligação com esta equipe e com todos os que trabalham lá; foram eles que abriram as portas da categoria máxima do automobilismo esportivo para mim. Em segundo lugar, é incrível fazer parte de uma equipe com grandes ambições, que está me dando a oportunidade de, mais uma vez, demonstrar minhas competências no nível mais alto da F1. Esta é uma responsabilidade que estou assumindo com grande seriedade. A confiança que eles estão depositando em mim para ajudar no progresso da equipe é uma pressão bastante positiva e não vejo a hora de dar o melhor de mim", firma Esteban Ocon. 

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